Desemprego baixou ligeiramente no primeiro trimestre para 15,1%

O desemprego oficial medido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) voltou a recuar, baixando de forma ligeira no primeiro trimestre do ano face aos últimos três meses do ano passado.

Com um recuo de 0,2 pontos percentuais, a taxa passou para 15,1% da população activa. O INE estima que haja em Portugal 788,1 mil desempregados, aos quais se somam 25,8 mil inactivos à procura de emprego mas não disponíveis e outras 276,6 mil pessoas inactivas disponíveis para trabalhar, mas que não entram na definição de desemprego, porque não procuraram emprego no período de referência utilizado para a estatística de desemprego registado.

Dos 788,1 mil desempregados registados, 86,4 mil (11%) estão à procura do primeiro trabalho. Entre os 701,7 mil que estavam à procura de um novo emprego, a maioria tinha trabalhado em actividades de serviços (428,2 mil), seguindo-se 220,6 mil pessoas das áreas da indústria, construção, energia e água, somando-se 19,2 mil da agricultura, floresta e pesca.

As estatísticas (mensais) mais recentes do Eurostat – que recorrer a uma metodologia diferente, cruzando as estatísticas do IEFP com a mediação do INE – apontam para uma estabilização do desemprego em 15,2% da população activa de Janeiro a Março.

A queda do desemprego acontece ao mesmo tempo em que se volta a assistir a uma diminuição da população activa, que do período Outubro-Dezembro para Janeiro-Março passou de 5276,8 pessoas para 5215, uma queda de 1,2%.

Na mesma altura, a população empregada também encolheu, recuando de 4468,9 para 4426,9 indivíduos.

Na comparação entre trimestres, o número de trabalhadores por conta própria continuou a diminuir (para 891,4 pessoas), assim como o de trabalhadores familiares não remunerados (22,5 mil pessoas). A população a trabalhar a tempo completo também diminuiu (para 3840,1 mil pessoas), somando-se ainda 586,8 mil pessoas que trabalham a tempo parcial e outras 244,9 mil na mesma situação que declaram querar trabalhar mais horas.

As situações de subemprego registadas pelo INE e os casos de trabalho a tempo parcial representam, juntos, perto de 19% da população empregada.

Fone: Contexto Jurídico