Oito dicas para um ambiente de trabalho ideal

Sentir-se bem ao realizar um trabalho é fundamental para que o funcionário se reconheça como parte da empresa e tenha um desempenho satisfatório. Para isso, um ambiente de trabalho agradável faz toda a diferença. Conversamos com Mario Leandro Campos Esequiel, gestor do escritório Mattos Filho Advogados e colunista do Última Instância. Ele apontou oito dicas básicas para um ambiente ideal.

1. O profissional tem identificação com os propósitos da empresa?

“O que mais estimula as pessoas hoje em dia a permanecerem em um trabalho é a identificação com os propósitos da empresa”, afirma Mário. Ninguém vai se sentir motivado no trabalho se não se reconhecer nos princípios, nos valores e nas estratégias definidas pela equipe. Por isso, é importante observar se os funcionários da empresa parecem contentes e realizados com o que fazem. Se não, a probabilidade de eles procurarem por outras oportunidades é grande.

2. Fornecer oportunidades de desenvolvimento

“Podemos observar uma mudança de comportamento principalmente dessa nova geração. Não é salário que segura essas pessoas, muito pelo contrário, é a oportunidade. Eles querem se desenvolver em uma velocidade relativamente rápida”, afirma Mário.

Um escritório que pode oferecer oportunidade de desenvolvimento, treinamento para os funcionários, plano de carreira definindo quais são os passos necessários para que ele cresça dentro da empresa ajuda a motivar e a reter este profissional.

3. Mostrar as metas ao advogado

Muitas pessoas não gostam de ouvir falar em metas, mas elas são essenciais para que a empresa saiba onde e como quer crescer. O importante é que as metas não sejam um instrumento de pressionar os funcionários. “Cabe mostrar as metas ao advogado de uma maneira interessante, ou seja, explicar para que ele veja essa meta como algo factível. É bom mostrar a ele qual é a importância da meta”.

4. Oferecer benefícios

É importante que o funcionário, além do retorno financeiro pelo seu trabalho, tenha também outros benefícios, como um bônus no final do ano por bom desempenho, treinamento profissional, cursos, pós-graduação, doutorado, etc. Estas bonificações podem ser patrocinadas pelo escritório. Se não há condições de dar este treinamento interno, o escritório pode pagar apenas uma parte, como explica Mário: “Você pode pegar pessoas experientes do escritório que possam treinar os mais jovens ou você pode contratar isso por fora, de uma universidade, de algum instituto e aí o treinamento pode não ser só técnico, mas também comportamental. Lembrando que esse profissional vai ascender na carreira, que ele pode vir a ser um chefe”.

5. Estrutura física agradável

“Não existe um modelo ideal, mas existe uma tendência em se encaminhar para espaços mais abertos. Nos escritórios talvez a grande resistência seja pela confidencialidade”.

Resta saber qual é o melhor formato: cada advogado em uma sala ou todos em uma sala grande com baias? Os formatos podem variar, mas o importante é que a equipe se sinta bem.

“ Eu conheço escritórios que trabalham com espaços mais abertos, ou seja, em baias. Muitas vezes as divisórias são baixas, onde você tem uma visão ampla do espaço. Isso tem um fator importante porque promove a integração, por outro lado a grande reclamação de quem faz isso é  que reduz a privacidade porque às vezes você está negociando com um cliente e têm informações confidenciais. Mas existe a possibilidade de quando for falar o advogado ir a uma sala de reunião resevada”.

6. Horário flexível

É comum ouvir as pessoas dizendo que se cansaram mais no trânsito do que no trabalho, por isso, é fundamental sempre que possível proporcionar uma dinâmica de trabalho flexível para o funcionário. O fato de ter flexibilidade ajuda as pessoas a administrarem melhor suas vidas. Pode-se combinar alguns dias para que a pessoa trabalhe em casa, possa entrar algum dia mais cedo para sair mais cedo. Se as regras estão claras e o cliente sabe onde achar o funcionário, isso é válido.

“Esse é um detalhe importante pra motivar. Hoje com a tecnologia nós temos condições de as pessoas estarem acessíveis em qualquer lugar. Você consegue hoje fazer até uma videoconferência com iphone, se tiver conexão. Se o escritório conseguir disponibilizar essas ferramentas de tecnologia não é mais desculpa dizer que o cliente vai ligar e não vai achar”, finaliza Mário.

7. Promover atividades físicas

Muitas pessoas têm vontade de praticar exercícios físicos, mas com a correria do dia-a-dia isso se torna impossível. Nem sempre há condições de se ter uma academia física dentro do escritório, mas uma ideia é fazer convênios com academias esportivas, para que possam dar descontos para os profissionais. “Hoje está muito na moda a corrida de rua. É possível montar grupos para correr, montar times de futebol, etc. Com o esporte você tem dois benefícios: o físico propriamente dito e a integração, ou seja, a prática acaba criando uma relação saudável , de amizade, que reverbera dentro do escritório”.

8. Compromisso com responsabilidade Social

Algumas pequenas práticas que ajudam a sociedade e o meio ambiente também fazem diferença, principalmente para as gerações mais novas, que têm um grande comprometimento com responsabilidade social.

“Se o escritório está comprometido com algumas coisas como consumir menos papel, economizar consumo de copos plásticos, ajudar instituições carentes, fazer um evento com crianças de uma creche ou em um asilo isso motiva, pois o funcionário exerce não só seu papel de advogado, mas também seu papel de cidadão”.

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Fenalaw 2013

Centro de Convenções Frei Caneca
São Paulo-SP
15, 16 e 17 de outubro de 2013
Para mais detalhes, acesse o site da Fenalaw.

Fonte: Última Instância