Os advogados, os políticos e as promessas!

Diz a lenda que um determinado político ao discursar em uma cidade do interior de um estado qualquer, tentando conquistar o povo local disse:

“Se eu for eleito, prometo que eu vou construir uma ponte sobre o rio que corta esta linda cidade e melhorar o trânsito para todos!”

Até que uma voz lá do fundo disse:

“Senhor candidato, mas nós não temos um rio em nossa cidade”.

Percebendo a gafe, mas incapaz de admiti-la, eis que o candidato solta a seguinte pérola:

“Pois então eu trago o rio pra cá!”

As promessas de um político em campanha são as mais variadas possíveis, um promete saúde melhor, outro, mais escolas e assim as promessas vão se sucedendo, tudo pra tentar angariar uma grande quantidade de eleitores, sem ao menos saber se é possível cumprir todas aquelas promessas feitas.

Então você pensa: mas que nojo desse nosso país, em que as pessoas vivem falando que farão e acontecerão, mas depois de eleitos somem e se esquecem do que prometeram!

Mas isso não é um “defeito” exclusivo dos políticos pátrios, a nossa classe tem muito dessa coisa de prometer mundos e fundos pra cativar o seu eleitor, digo, seu cliente.

Não é raro você encontrar um cliente deveras insatisfeito com o seu advogado ao perder uma ação, tudo isso porque lá no início do processo ao consultar o seu causídico, este garantiu: ih rapaz, fique tranquilo que o seu processo está ganho!

Também não é raro o advogado querendo conquistar o cliente, prometer que vai fazer o marido pilantra pagar uma pensão de 3 mil reais por mês e ao sair da audiência, ouvir a esposa perguntar: “ô loco doutor, só trezentos e cinquenta? E os três pau que o senhor garantiu?”

Alguns advogados torceriam o nariz e diriam que eu estou generalizando e que não é legal generalizar, principalmente porque os advogados já são muito mal vistos pela sociedade, e dar exemplos de péssimos profissionais só vai reforçar essa fama.

Tá, não é inteligente generalizar, e colocar todos os advogados no mesmo balaio de picaretas jurídicos que existem por ai, até mesmo porque existem bons profissionais, respeitosos e zelosos e que cientificam seus clientes dos possíveis e eventuais acontecimentos no curso do processo, para que ao final seu “freguês” não feche a cara e solte um: “PORRA DOUTOR!”

Pois bem!

Se generalizar os advogados não é legal, chamar todo político de corrupto também não é! Assim, se você, nobre e zeloso advogado, que possui reputação ilibada não quer ser chamado de pilantra por causa de um advogado ruim, prometa que não vai chamar de filho da puta um político que você não conhece a história!

Promete?

Fonte: Última Instância